Tenta-me, Senhor, o meu desamor!
Tenta-me o ter tempo para tudo
menos para o Importante.
E me queixar, fugindo de mim,
sem as necessárias mudanças!
Tenta-me o Vazio e o preenchimento frenético
das minhas leituras e escrituras!
(Tenho medo do Teu imaculado Livro Branco!)
Tenta-me, Senhor, o desânimo pelo difícil que, às vezes,
as coisas apresentam. Não há medidas sem Ti!
Tenta-me, Senhor, a nostalgia pelo fácil que, às vezes,
as pessoas representam. Não há distâncias em Ti!
Tenta-me o meu corpo dolorido, gasto, também o dos outros.
E o meu super-cansado, até em completo quase esgotado!
Tenta-me a desesperança, o deixa-correr, o fica-te bem,
a falta de utopia, as cores e a música!
Tenta-me a falta de Fé na Tua Igreja,
o exagero hipócrita da sagrada hierarquia!
Tenta-me o deixar para amanhã,
quando preciso começar a mudar hoje. Agora sem demora!
Tenta-me crer que Te escuto,
quando escuto só a minha voz insegura!
Ensina-me a discernir! Educa-me os afetos e as alegrias!
Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do Mal!
Dá-me Luz para distinguir Teu rosto, em tudo e em todos!
AUTOR: Pedro José, Chapadinha, 02-03-2009.